domingo, 26 de agosto de 2012

A culpa





Queridas (os) leitoras (es),

Estou estudando para falar do tema CULPA e entre alguns livros da literatura espírita encontrei um fantástico que eu amo de paixão que é Conflitos Existenciais de Divaldo Franco, pelo espírito Joanna de Ângelis.
E aprendi algo bem interessante sobre o processo de instalação da culpa..
Começando...
Como sabemos (ou eu sei e acredito) tudo acontece na infância e é na infância através da educação que damos ou não damos que teremos pessoas se sentindo culpa por isso ou por aquilo.
Olhem o que diz um trecho do livro:

A má-formação educacional, especialmente quando impede a criança de desenvolver a identidade, conspira para a instalação da culpa. Normalmente, exige-se que o educando seja parcial e adulador, concordando com as ideias dos adultos – pais e educadores- que estabelecem os parâmetros da sua conduta, sem terem em vista a sua espontaneidade, a sua liberdade de pensamento, a sua visão da existência humana em desenvolvimento e formação.
Constrangida a ocultar a sua realidade, a fim de não ser punida, sentindo-se obrigada a agradar os seus orientadores, a criança compõe um quadro de aparência como forma de conveniência, frustrando-se profundamente e perturbando o caráter moral que perde as diretrizes de dignidade, os referenciais do que é certo e do que é errado.
A insegurança na forma de proceder e a dubiedade de conduta( a que agrada aos outros e aquela que a si mesmo satisfaz), quase sempre desencadeiam processos sutis de culpa, que se passam a zurzir(maltratar) o indivíduo na maioria das vezes que é convidado a definir rumos de comportamento.
A culpa pode apresentar-se a partir do momento em que se deseja viver a independência, como se isso constituísse uma traição, um desrespeito àqueles que contribuem para o desenvolvimento da existência, que deram orientação, que se esforçaram pela educação recebida. Entretanto, merece considerar que, se o esforço foi realizado com o objetivo de dar felicidade, a mesma começa a partir do instante em que o indivíduo afirma-se para realizar, para fazer-se independente."


Eu entendo tudo isso com um alerta a nós pais, como estamos educando nossos filhos?, para que estamos educando-os?, estamos dando o espaço que ele merece?, estamos ouvindo nossos filhos?
Que todos nós, pais, educadores, possamos refletir e muito nessas palavras, refletir e muito de como estamos educando e para que estamos educando, o que queremos que nossos filhos sejam, com queremos que eles possam agir amanhã....
Mas algo importantíssimo precisamos saber, se após nossa reflexão notarmos que erramos aqui ou ali, que não nos culpemos e sim nos responsabilizemos pelo ocorrido, pois se erramos, foi tentando acertar, se erramos vamos ser sincero conosco e com as pessoas envolvidas e ver que atitude podemos tomar a partir de agora.



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